A tristeza é o eco silencioso da saudade que não encontra conversa.
Quando o coração chora, as lágrimas pintam o vazio com cores que só a dor conhece.
Sinto o peso dos anseios na noite, porque o silêncio carrega promessas não cumpridas.
Às vezes, a esperança parece um sonho que se desvanece quando o olhar se volta para a realidade.
O brilho distante das lembranças é um farol aceso na escuridão da solidão.
Os caminhos que seguimos se perdem quando os passos não têm mais destino.
A aflição nasce das palavras não ditas, dos gestos que ficaram enraizados no passado.
Ser de noite sem guarda, como quem persegue estrelas que jamais vê.
A saudade coleciona lembranças, e cada uma deixa uma cicatriz de luz.
O mundo parece atrasado quando meus pensamentos giram em torno do que nunca aconteceu.
Mistérios da vida se revelam quando falamos com a própria ausência.
O coração, obesamente, pesa poemas de despedida que só um silêncio entende.
A alegria também se esconde debaixo das nuvens das dores passadas.
Quando a noite cai, o vento traz sussurros de memórias que não se apagam.
A melancolia é uma melodia que toca apenas nos corações cansados.
Caminho em direção à sombra, pois os ecos do passado ainda cantam em mim.

A dor guarda a verdade que só se sente, não se explica.
Cada lágrima é uma palavra que não há voz pra usar.
O tempo dobrada de tristeza é como espirais de um coração em frangalho.
Um vigia do sentimento que permanece, nonfalando, guardado na alma.
Nessa jornada de som mais, respiro o princípio da perda.
Há algo de revolucionário na nossa capacidade de lutar contra a solta tristeza.
E assim, continuamos, apesar das ninar da rumina que deixa o adormecido.
Mesmo quando a luz se esvai, o amor há na vívida memória que reste.